quarta-feira, 1 de junho de 2011

Pero de Magalhães Gândavo

Historiador e cronista português do século XVI. É o autor da primeira história do Brasil. Nasce em Braga, em data ignorada. Trabalha como professor de Latim e escreve o primeiro manual ortográfico da língua portuguesa.

Trabalha na transcrição de documentos na Torre do Tombo, em Lisboa, e é nomeado provedor da Fazenda na Bahia, onde permanece de 1565 a 1570, provavelmente visitando outras regiões do Brasil. Depois de escrever dois textos sobre a colônia (Tratado da Província do Brasil e Tratado da Terra do Brasil), publica em 1576 História da Província de Santa Cruz.

É provável que o historiador tenha conhecido Luís de Camões no Oriente. Morre em Portugal, em local incerto, depois de 1579.

Pêro de Magalhães Gândavo ( Braga, c.1540 — c. 1580) foi um historiador e cronista português. Filho de pais flamengos oriundos da cidade de Grand, daí o seu apedido Gândavo, nasceu em Braga em data incerta, provavelmente por volta de 1540. Foi professor de Latim e Português no norte de Portugal. Autor do famoso livro "História da província Santa Cruz'' a que vulgarmente chamamos Brasil", editado em Lisboa, por Antônio Gonçalves, 1576 onde fala de uma série de aspectos locais como os animais, que eram em boa parte desconhecidos dos europeus: o papa-formigas, o tatu, uma série de aves, insetos e peixes exóticos são descritos com espanto, estranheza e maravilha. Chega mesmo a descrever um suposto monstro marinho que teria aparecido na capitania de S. Vicente, e que fora morto pelos portugueses da localidade. As plantas da colônia merecem também a sua atenção. A que descreve com maior cuidado é a mandioca, assinalando as suas utilidades, assim como as características de cada parte da planta. Além da fauna e flora relata a descoberta do Brasil por Pedro Álvares Cabral, assim como os primórdios da colonização, as diversas tribos indígenas, e descreve ainda as diversas capitanias em que se dividia o território brasileiro. Traça, por fim, um retrato das potencialidades que esta terra reservava aos portugueses, tal como a vastidão do território e dos seus recursos econômicos.

Escreveu ainda "Tratado da província do Brasil", conhecido hoje na edição de Emmanuel Pereira Filho, Rio de Janeiro, Instituto Nacional do Livro/MEC, 1965, antecedente redacional da "História" acima citada.

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